dos diários

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eu hei-de voltar
na saudade de setembro
e direi adeus aos pássaros
enquanto as árvores se deitam.

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foi em setembro
quando os pássaros se levantavam
e seguiam o céu
na sua saudade do sul

o mar
o mar mentia nos meus dias
e tu passavas
o teu sorriso primeiro
depois o teu olhar
mais tarde a tua vida

e as palavras sublimes!
qualquer palavra uma desconhecida ternura
e o meu silêncio caía
caía

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havia cantos de glória
naquele quarto sombrio
e um recado da eternidade
deixado
no mesmo canto
onde te ouvia

tenho a polaróide
do teu sorriso mais eterno
tenho num vidro antigo
pedaços de um dia de chuva
poeira daquele segundo
em que disseste “amo-te”

ainda saio para a rua
com essa parede branca nos olhos
o mundo ainda cabe todo
na mancha de tinta
que a tua mão lá deixou



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